CRÔNICAS DA REVOLUÇÃO - O IATE GRANMA
Após navegar por vários dias em condições de penúria, com uma atracagem forçada desastrosa em uma área de pântano quase intransponível, o mini-exército de Fidel Castro acabou facilmente detectado pelo governo e assim que chegou em solo cubano foi perseguido e metralhado por aviões da guarda-costeira.
O grupo guerrilheiro ficou espalhado no mato e foi aos poucos se desintegrando, na medida em que seus soldados eram cercados e mortos pelas tropas do Exército, que já os esperavam ao longo da costa. Um pelotão formado por Che Guevara, com apenas 4 homens que sobraram, subiu em direção às montanhas da Sierra Maestra para se encontrar com o grupo de Fidel, que contava com apenas 7 soldados.
Em poucos dias, dos 82 revolucionários do iate Granma que zarparam do México, restaram apenas 13. Assim começava a Revolução Cubana, que triunfaria 2 anos depois.
“Nossa grandeza às vezes não é vista, porque é invisível para alguns; não é comercializada, porque não tem valor comercial. Não se esconde, porque é digna e pura. Mas, sim, ela pode ser sentida: nos povos libertados, nos doentes tratados e na cura aprimorada, no alfabetizado e instrução do povo, no atleta formado, no artista exposto. E nossos inimigos também sentem isso. Eles sentem tanto que todos os dias fazem planos para acabar com essa grandeza. É por isso que eles nos odeiam, pela ideia que representamos, pelo exemplo que estabelecemos. Mostramos que com vontade e coragem, outro mundo, sim, é possível” (Fidel Castro).