CRÔNICAS DA REVOLUÇÃO - O IATE GRANMA

 Em novembro de 1956 uma expedição com 82 combatentes do “Movimento 26 de Julho”, aglomerada em um pequeno iate (o famoso Granma, projetado para acomodar apenas 12 pessoas), partiu para uma missão histórica, em uma viagem desde o porto de Túxpan, no México, até a praia Las Coloradas, em Cuba.

Após navegar por vários dias em condições de penúria, com uma atracagem forçada desastrosa em uma área de pântano quase intransponível, o mini-exército de Fidel Castro acabou facilmente detectado pelo governo e assim que chegou em solo cubano foi perseguido e metralhado por aviões da guarda-costeira.

O grupo guerrilheiro ficou espalhado no mato e foi aos poucos se desintegrando, na medida em que seus soldados eram cercados e mortos pelas tropas do Exército, que já os esperavam ao longo da costa. Um pelotão formado por Che Guevara, com apenas 4 homens que sobraram, subiu em direção às montanhas da Sierra Maestra para se encontrar com o grupo de Fidel, que contava com apenas 7 soldados. 

Em poucos dias, dos 82 revolucionários do iate Granma que zarparam do México, restaram apenas 13. Assim começava a Revolução Cubana, que triunfaria 2 anos depois.

Nossa grandeza às vezes não é vista, porque é invisível para alguns; não é comercializada, porque não tem valor comercial. Não se esconde, porque é digna e pura. Mas, sim, ela pode ser sentida: nos povos libertados, nos doentes tratados e na cura aprimorada, no alfabetizado e instrução do povo, no atleta formado, no artista exposto. E nossos inimigos também sentem isso. Eles sentem tanto que todos os dias fazem planos para acabar com essa grandeza. É por isso que eles nos odeiam, pela ideia que representamos, pelo exemplo que estabelecemos. Mostramos que com vontade e coragem, outro mundo, sim, é possível” (Fidel Castro).

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